É Assim Que COMEÇA o "VÍCIO" do BTT! (Descida do Rio Leça)

Um dos problemas de acordar cedo para praticar o BTT e ser dia de fazer mais um VLOG é que me obriga a falar num tom baixo e não me expandir muito nas introduções dos vídeos. É chato para quem está a dormir, ter que ouvir um youtuber falar sozinho para uma lente onde não está ninguém à escuta. Mas está errado. Está sempre alguém à escuta!

Hoje acordo para ir descer o Rio Leça com os PICUS BTTEAM, num total de 65km e 1055 metros de subida acumulada, com passagem pela Citânia de Sanfins e almoço no Redundo. Gosto destes dias. São diferentes! Fazer menos de 50km hoje em dia sabe-me a pouco.

O "vício" do BTT surgiu hà muitos anos. Era eu miúdo quando me deram, no início de um verão, uma das primeiras bicicletas de BTT que há memória. Lembro-me que quando a recebi passados dois dias tinha que a deixar para rumar ao norte onde passava férias com os meu avós até as aulas recomeçarem. Tive que a deixar para trás. Foram as férias mais longas que tive. Não se faz isso a um miúdo de 13 anos!

Não havia SCOTT nem SPECIALIZED. Não havia suspensão total nem tubeless. Era mesmo ESMALTINA. Não me esqueço desta marca. A minha primeira bicicleta de  montanha! Nunca ninguém tinha visto uma bicicleta assim. Nela levava passageiros no quadro de regresso da escola e não usávamos equipamento adequado nem capacete. O capacete era só para quem se deslocava de mota. Nunca me interessaram as motas.


Mas o ténis arrebatou-me e troquei, muito tempo depois, a ESMALTINA, sem qualquer manutenção feita ao longo daqueles anos, por uma BERG. Custou-me pouco mais de 600€. "Uma fortuna" pensei, mas seria uma boa maneira de complementar o meu treino cardio de uma forma diferente. Pela sua versatilidade poderia andar em qualquer lado. E andei junto ao mar e nos parques das cidades. Mas algo me incomodava. Aquelas rodas largas e imponentes eram mal empregues ali. Precisava de terrenos mais irregulares. Parti para o monte e gostei. Gosto do silêncio! Comecei a fazer as minhas primeiras rotas no GPS. Quanto menos asfalto melhor. Não tinha muita companhia.

A idade avançou e já andava cansado de correr atrás da bola amarela. Estava cada vez mais rápida e eu mais lento. O "vício" do ténis esmoreceu. E esmoreceu porque a vida também muda e tudo se proporciona. Quando estava habituado a andar sozinho descobri que andar acompanhado é muito mais divertido e seguro. Sabia disso, mas ainda não se tinha proporcionado. Surgiram os PICUS BTTEAM que me receberam de braços abertos e pedi licença à minha mulher para comprar a minha primeira bicicleta de BTT a sério. A minha SCOTT SPARK 970. Percebi então a diferença entre a roda 26 e a roda 29, muito mais adequada ao meu porte. Já não parecia o David e o Golias. "Isto assim sim, vale a pena!" pensei com um sorriso nos lábios.

E hoje, eu e ela, partimos para mais uma aventura!

Boas pedaladas.
BM

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